
As paredes tem ouvidos, olhos, alma, vida. Elas sentem e acompanham nossas vidas. Momentos de alegria, de solidão, aquelas coisas que você e eu fazemos quando ninguém está olhando. As paredes sabem de tudo.
Dia desses, estava eu sentada do sofá da garagem, fumando um cigarro, ouvindo minhas músicas e observado as paredes, já um tanto antigas. Inevitável são as recordações de tantos dias ali vividos.
Nessa casa moro desde o inicio de minha pré-adolescência, e com ela divido todas as minhas experiências, sentimentos, festas de aniversário, as tardes em que eu passava jogando volei eu e as paredes, ou quando minha vizinha Dani me acompanhava no jogo o portão em frente de casa tornava-se a rede do jogo. Perdi as contas de quantas lâmpadas quebrei jogando volei na garagem...
Por um tempo me ausentei dessas paredes, um período conturbado. Mesmo assim as paredes resistiram e ainda estão cá, firmes, fortes, acolhendo a mim e minha família.
As paredes de minha casa, se tivessem boca além dos ouvidos, contariam a história da minha vida em detalhes. Detalhes que nem mesmo eu me lembre talvez.
Respeito as paredes que sustentam meu lar e seguem guardando em segredo tudo que ali acontece.
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